terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O Dilema de Lutero

A História nos conta que Martinho Lutero era um teólogo sério e um monge de fé fervorosa e raciocinada (até onde era possível sê-lo em sua época, claro). Doutor em teologia, foi professor na Universidade de Wittenberg na Alemanha, sempre em busca da conciliação de seus ideais religiosos com sua vocação acadêmica.

Em 1510 Lutero iniciou a viagem que tempos depois alteraria para sempre o panorama do Cristianismo em nosso planeta. Seu destino era Roma — sede do Catolicismo — e o que ele encontrou na Cidade Eterna foi um cenário que sem dúvida diferia muito de suas expectativas. Ao invés do alicerce das esperanças trazidas ao mundo por Jesus, o célebre monge alemão deparou-se com a subversão completa dos valores Cristãos. Em lugar da prática da caridade, da consolação e do amparo, a Igreja Católica ameaçava seus fieis com o fogo eterno das penas infernais caso não adquirissem — a preços altos — indulgências para si e para os seus. Padres transformados em mercadores vendiam as promessas de perdão nas escadarias das igrejas, transformando-as em balcões de comércio, onde a felicidade das almas era vendida como se fora artigo manufaturado de fácil confecção.

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domingo, 24 de outubro de 2010

Sobre as homenagens aos encarnados

Uma das inúmeras coisas que a Doutrina Espírita me ensinou é que as poucas vezes em que ajo adequadamente em algum aspecto em minha vida — algum mal que evito cometer, algum bem que proporciono a outrem, alguma melhora (muito, mas muito necessária mesmo) em minha paciência, alguma aula ministrada nos cursos preparatórios que tenha sido particularmente esclarecedora e bem aplicada, etc. — esse “acerto” não merece aplausos externos ou internos, por ser na vasta maioria dos casos menor do que o que eu deveria ter feito. Penso que nossa programação prévia, aquela que precedeu a presente incursão na carne, tenha contemplado muito mais em termos de acertos e realizações do que em geral conseguimos amealhar ao longo da vida.

É nesse sentido que creio que os aplausos e as homenagens a que algumas vezes gostosamente nos submetemos deveriam ser repensadas (e veementemente repelidas), ainda que nossos amigos e correligionários se vejam na obrigação de fazê-las, às vezes prestando reconhecimento a uma vida inteira de dedicação à causa Espírita e ao caminho Cristão. Essas massagens no ego não somente são inúteis, como também são prejudiciais, insuflando-nos a vaidade, dando-nos um destaque imerecido, e sutilmente (e muitas vezes inconscientemente, é verdade) dando-nos um falso senso de superioridade. É desnecessário (sem falar em desumano) citar exemplos, mas a casuística demonstra que tais situações indesejáveis ocorrem, e com frequência no meio Espírita.

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